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sábado, 19 de março de 2011

Qual o valor da memória?


Qual o valor da memória?

   Há pessoas que possuem uma incrível capacidade de memorização. Lembra-se de detalhes de sua infância com riqueza. Desses também tenho alguns momentos em mim que docemente recordo, uma bela infância. Mesmo cercada de tristeza pela doença e morte de um irmão aos oito anos, as lembranças inquestionavelmente fizeram e fazem parte de minha constituição como pessoa que sou. Toda criança adquire características distintas que são influenciadas pelo arranjo ao seu redor, quer sejam físicos ou psicológicos. Lembro de algumas casas que morei, alguns amigos que tive, as festas de escola, as partidas de futebol, muitas brincadeiras.
  Minha mãe me conta que no período que meu irmão morreu eu não conseguia sair de uma determinada lição da cartilha caminho suave. Foi onde tive ajuda médica para sair do claustro da perda do irmão. Quase repeti de ano.
  As dificuldades financeiras que levaram papai para trabalhar longe deixavam mamãe sobrecarregada, era ela para tudo. Após certo tempo as desavenças entre eles se acentuaram e, sem dúvida, mais sofrimento familiar. Com papai distante, fomentou-se em mim um rancor que maleficamente instalou-se em mim. Somente quando vi papai prestes a morrer no hospital é que me dei conta de que ele iria partir e eu não mais o teria comigo que pude me arrepender de todo sentimento negativo que tinha para com ele. Mas era tarde. (...) Foi após esse momento que pude ficar mais sensibilizado com as causas humanas.
  Hoje, aos quarenta e um anos posso ver quão preciosos são os momentos da infância. Uma infância saudável pode ser determinante na maturidade da pessoa. Sofrimentos também fazem parte da formação do indivíduo, mas traumas reduzem as perspectivas, ao menos momentaneamente.
  Os filósofos dizem que somos o que as pessoas dizem que nós somos. Então busco não “vestir a carapuça” da estigmatização alheia e entregar-me à bula humana, ao manual de instruções humano, no qual temos a afirmação de que somos transformados pela renovação da nossa mente abandonando o encantamento que a presente época traz, toda a sedução deste mundo.
    Creio ser correto afirmar que o futuro é construído hoje. É impossível avançar sem passarmos pelo tempo presente. Ainda mais absurdo seria desprezar o passado e querer admitir que sou  algo que não sou.
  A sobriedade ainda é o melhor impermeabilizante para o teto da consciência humana. Muitos ignorando-a naufragam não somente na fé, mas perdem-se em si mesmos. Admitem para si um estado de lucidez que só é lúcido para si mesmo e não para os demais. É o que habitualmente conhecemos por mentira.
   Dou graças a Deus pela memória que tenho. Não a desprezo. Pelo contrário, admito que as muitas ligações cognitivas que hoje tenho é resultado do exercício praticado ao longo de todos esses anos. Hoje busco novas maneiras de fazer com que minha cachola funcione plenamente. Muitos preferem aumentar seus bíceps e tríceps, mas essa não é minha praia.

  Povo sem memória é povo sem cultura, é povo sem passado. Será que é povo? Acho que não. Qual é o povo que não tem memória?  Graças a Deus pelos escritores. Temos a Bíblia em nossas mãos. Não é diz que diz. Quem conta um conto, aumenta um ponto. Além da Bíblia, temos os livros de história. Muitos deles tentam desqualificar a Bíblia, mas quanto mais tentam, mais são desqualificados por ela. Também há muitos livros que tiram os véus  do que está escrito nas entrelinhas da Bíblia, daquilo que é mais difícil de perceber em um primeiro momento. Muitos escritores foram fiéis aos seus antecessores e herdaram o legado deixado por eles, dando-lhes a oportunidade de avançarem ainda mais. Outros perdem o norte, pois lhes é impossível admitir perdas pessoais daquilo que asseveram erroneamente ser ganho.
   Quem diria, até mesmo este computador, quanto mais memória, melhor ele é.  
   Um dos maiores problemas de saúde hoje é a obesidade. Consequentemente temos o sedentarismo como principal causa. Podemos afirmar que na área cerebral , o maior dos males atuais, o Auzheimer, também é causado pela falta de exercício mental, de novas sinapses.
   Que bom que estamos ou lendo ou escrevendo, mais saúde para nosso cérebro, mais vitalidade, mais mais. Infelizmente existem correntes que dizem que não é necessário pensar, não é necessário ler, dispensável raciocinar. Quais seriam os interessados por trás destas práticas? Cruéis dominadores, certamente. São táticas governistas depreciar a capacidade humana. A manipulação de massas sempre foi o interesse dos governantes, dos dominadores, dos que querem tirar vantagem de tudo. Eles fazem tudo por você, você não precisa pensar. Há muitos que aceitam tal condição mórbida.
   Repito, dou graças a Deus pela memória que tenho. Pelos pais, pelos amigos, pelos irmãos. Pela Bíblia e pelos livros. Tenho uma história, faço parte de um povo. Tenho família.

2 comentários:

Adans disse...

É, Marcos, a memória, e você salientou bem, a escrita é o exercício da memória, que registra a história, que é o nosso registro, a nossa história, não existe um ditado que diz que, entre outras coisas devemos escrever um livro... Quem escreve, pensa melhor, lê melhor, raciocina melhor. E escrever é algo que agita o sangue da "cachola" ainda mais que o simples habito da leitura, é isto que experimento já ao longo de aproximadamente sete anos de escrita, eu era alguém muito mais distraído, hoje consigo cumprir meus compromissos, pelo menos no trabalho, e esta evolução veio com a escrita. Quem escreve pensa e critica melhor, a assimilação do conhecimento durante o ato de escrever é melhor absorvida, e tudo o que é melhor absorvido, enuncia-se livremente. Apesar da nossa massa cinzenta não ser um músculo, é viva e necessita ser exercitada, a escrita é uma ótima ginástica para o cérebro. Quem escreve, lê melhor, pensa melhor, fala melhor...

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.